__________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ MUCABA ANGOLA C.CAÇ.2613: MEMÓRIAS SOLTAS DE UM EX-COMBATENTE 18

2007-01-18

MEMÓRIAS SOLTAS DE UM EX-COMBATENTE 18

««««««IMAGEM WIKIPEDIA»»»»»»
A FORMIGA KISSONDE
Na nossa passagem por África, durante os anos da guerra colonial, podemos contar outros episódios, não directamente ligados a combates, emboscadas, minas, etç, mas sim dependentes do meio ambiente, e para os quais na maior parte das vezes não estávamos preparados.

Todos sabemos mais ou menos, o nível de destruição causado por uma praga ou nuvem de gafanhotos, a vários níveis e principalmente ao nível das culturas.

O episódio que hoje vou relatar refere-se não a uma praga de gafanhotos, mas uma praga de uma formiga africana, o Kissonde, que tal como os gafanhotos, destroem tudo à sua passagem, calcule-se um campo de futebol que em vez de verde é vermelho, e de repente verificamos que o vermelho se deve a uma colónia das referidas formigas, em transito, e medindo cada uma pelo menos um centímetro de comprimento.

Qualquer ser vivo que se encontre no seu caminho pode ter morte certa se não conseguir escapar-lhe a tempo, quanto a nós humanos, quando damos por isso estamos cobertos por elas, e só quando começamos a sentir as sua tenazes, nos apercebemos do perigo, o que leva as pessoas a tirar toda a roupa, para se ver livre dos ditos bichinhos.

O episódio que vou relatar passou-se no aquartelamento da serra de Ambuila, quando perto das duas horas da madrugada, fomos « atacados » por uma dessas colónias de formigas, e não havia um centímetro quadrado que não estivesse coberto por essas terríveis obreiras, alguns de nós só demos por isso quando a cama já estava cheia.

Dado o adiantado da hora o gerador já estava desligado, gerou-se um verdadeiro pandemónio, valeu-nos uns quantos litros de um poderoso desinfectante que tinha no posto de socorros que fomos diluindo em baldes de água que era espalhada pelo chão, primeiro nas “barracas” casernas, depois foi espalhar pelo chão do aquartelamento e assim nos vimos livres dos minúsculos mas terríveis atacantes.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mordiam e deixavam o corpo inchado.
Uma vez, proximo da mata Sanga, na hora do repasto, a ração de combate, houve quem se descalçasse e no fim, porque havia algum tempo mais para descançar de uma manhã sempre a andar a corta mato, uns quantos camaradas adormeceram. Quando acordaram tinham os pés muito maiores que nem cabiam nas botas. Foi preciso actuar com antiestamínicos e esperar que os pés se aproximassem do normal para se calçarem de novo e prosseguirmos a caminhada. Isto passou-se em 1966 com pessoal da Comp.Caça. 1463, estacionada em Quibala (Norte). Eu era o enfermeiro nessa operação.

1:13 da manhã  
Anonymous Rui Seleiro said...

Pessoal que esteve em Angola se alguém souber quem esteve num PAD9781 em Sanza pombo, diga qualquer coisa precisa-se urgenten´mente informações sobre quem estev nesse PAD. muito obrigado, contacto RUI SELEIRO email casaseleiro@sapo.pt

12:42 da manhã  

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